HISTÓRICO DA LINHA: A Estrada de Ferro Oeste de Minas (EFOM) foi aberta em 1880, ligando com bitola de 0,76 cm as estações de Sítio (Antônio Carlos) e Barroso. Mais tarde foi prolongada até São João Del Rei (1881), atingindo Aureliano Mourão em 1887, onde havia uma bifurcação, com uma linha chegando a Lavras em 1888 e a principal seguindo para o norte atingindo finalmente Barra do Paraopeba em 1894. Dela saíam diversos e pequenos ramais. A linha foi extinta em pedaços, tendo sido o primeiro em 1960 (Pompeu-Barra) e o último, em 1984 (Antônio Carlos-Aureliano), com exceção do trecho São João Del Rei-Tiradentes que e conserva em atividade até hoje. Também se conserva o trecho Aureliano-Divinópolis, ampliado para bitola métrica em 1960, ligando hoje Lavras a Belo Horizonte
Em 1881 o movimento comercial de Prados foi beneficiado com a inauguração da Estrada de Ferro Oeste de Minas (EFOM). A estação ferroviária é criada, estabelecendo contato permanente da localidade com a Estrada de Ferro D. Pedro II, que ligava Minas ao Rio de Janeiro.
A antiga estação ferroviária de Prados está localizada na comunidade denominada Estação de Prados, fica à Praça “Zé Café”, nome dado em homenagem ao ex-prefeito da cidade, José Carvalho Silva, que exerceu o cargo interino de prefeito entre os anos de 1966 e 1970 e que foi o responsável pela instalação da luz elétrica na comunidade. A Estação foi inaugurada no ano de 1881 e localiza-se a certa de 11 km do centro de Prados. A Estação pertencia à época de sua inauguração, à companhia Estrada de Ferro Oeste de Minas (EFOM); mas ao longo de sua existência, a Estação de Prados pertenceu a diferentes companhias ferroviárias: de 1931 a 1965, esteve sob a propriedade da Rede Mineira de Viação; de 1965 a 1975, pertenceu a V. F. Centro Oeste e, no ano de 1975, foi adquirida pela Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA) que a desativou em 1984.
O trem que trafegava por aquele trecho de linha férrea era o principal meio de transporte existente na região em uma época em que ainda não havia as rodovias existentes atualmente, sendo, portanto, o principal meio de interligação entre as cidades de Barbacena, Barroso, Prados, Tiradentes e São João Del Rei. O trem operava como “trem misto”, e carregava tanto passageiros quanto cargas e passava quatro vezes ao dia pela estação de Prados. Os gêneros alimentícios e demais cargas transportadas, eram muitas vezes guardadas no armazém que fazia parte do prédio da Estação, que abrigava também uma Agência da Companhia de Correios e Telégrafos. As cargas que ficam no armazém eram levadas posteriormente para Prados por caminhões.
A Estação de Prados e o transporte ferroviário foram bastante importantes para a população que habitava o pequeno povoado na década de 1960. Naquela época, diariamente chegavam à comunidade ônibus vindo de Prados e Dores de Campos, trazendo e levando passageiros que embarcavam e desembarcavam na Estação.
No início da década de 1980 a centenária Estação passou por uma reforma, pouco antes de ser desativada, quando o senador Eliseu Resende era o Ministro dos Transportes. Nesta reforma o prédio da Estação foi pintado e o telhado foi trocado. Porém a ausência de uso e ocupação do imóvel deixou o bem sem qualquer manutenção desde que a estação foi desativada em 1984. Isso deixou a edificação à mercê da ação das intempéries, sofrendo ainda com a degradação natural dos materiais e com a ação de vândalos e saqueadores.
Em 2003, parte do telhado desabou e, provavelmente no ano de 2004, o fogão a lenha que existia no interior do prédio foi desmanchado e o piso de tábua corrida e os portais de madeira foram retirados. Ainda segundo informações de moradores da Comunidade, poucos anos depois à desativação da Estação, o prédio da mesma foi saqueado e foram roubadas portas, janelas e instalações elétricas. Atualmente, a edificação encontra-se completamente abandonada e em avançado estado de degradação, fato este que proporciona um sentimento de descontentamento entre os moradores.
Curiosidade: Um fato interessante foi que durante a revolução de 1930 a estação foi tomada e ocupada pelos habitantes de Dores de Campos, armados e o seu nome foi temporariamente mudado para "João Pessoa".